Astrofotofrafia é uma técnica especializada da fotografia voltada para o registro de corpos celestes e grandes porções do céu noturno. E, embora esse campo já fosse admirado por cientistas há décadas, ele vem conquistando também os entusiastas da astronomia amadora. Como em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, onde o céu é um verdadeiro espetáculo.
Na última terça-feira (6), membros da Associação Astronômica de Arcoverde se reuniram para uma sessão de observação e registraram imagens impressionantes de estrelas e outros corpos celestes. O céu limpo, aliado à baixa poluição luminosa da região, contribuiu para capturas detalhadas que revelam a beleza do universo. E não foi por acaso: Arcoverde figura na lista das dez cidades com o melhor céu para observação astronômica no Brasil. Informação divulgada pelo ranking do Observatório Nacional do Rio de Janeiro.
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Além disso, os avanços tecnológicos dos últimos anos democratizaram a astrofotografia. Hoje, não são apenas cientistas com equipamentos de ponta que conseguem imagens de nebulosas a milhares de anos-luz de distância — amadores também se arriscam na arte, muitas vezes com câmeras menos sofisticadas, mas com grande sensibilidade.
Segundo Marlon Tenório, membro da associação sertaneja, a prática pode ser realizada de qualquer cidade, desde que a pessoa esteja afastada das luzes dos grandes centros urbanos, pois a poluição luminosa prejudica a visibilidade. “É preciso ter câmeras especializadas. Há câmeras que se acoplam diretamente nos telescópios, e também câmeras que, sozinhas, conseguem captar as imagens”, explicou. Ele acrescenta que, para gerar uma única imagem como a da nebulosa de Carina, a câmera faz cerca de duzentas capturas e as combina em uma só fotografia final.
Os equipamentos utilizados na astrofotografia são diversos, e cada um deles tem uma função essencial para o sucesso das imagens. O telescópio é necessário para ampliar a imagem dos astros, de modo que o objeto celeste chegue até a câmera com nitidez. Já a câmera fotográfica precisa ter um sensor sensível, capaz de registrar longas exposições, pois é isso que permite captar a luz tênue das estrelas e nebulosas. Além disso, o tripé precisa ser motorizado, com um mecanismo que acompanha o movimento aparente dos astros no céu, garantindo precisão na captura das imagens.
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Combinando ciência, arte e paciência, a astrofotografia vem transformando o céu em uma tela acessível tanto para pesquisadores quanto para apaixonados pelas estrelas. E, enquanto o universo segue se expandindo, Arcoverde continua olhando para cima — e registrando, com admiração e técnica, tudo o que há de belo lá fora.
