Bebê morre por negligência em Arcoverde, de acordo com denúncia da família. O caso ocorreu após complicações em um parto realizado no Hospital Regional Ruy de Barros Correia, em Arcoverde. A família da jovem mãe, Eline dos Santos Andrade, de 23 anos, moradora do Sítio Várzea Suja, zona rural de Caetés, alega que o hospital teria forçado um parto em condições inadequadas, o que resultou na morte do recém-nascido.
De acordo com familiares, o drama começou na noite do último sábado (19), quando Eline teve a bolsa rompida e deu entrada no Hospital Municipal Luiza Pereira de Carvalho, em Caetés, com 4 cm de dilatação. Sem condições de ser atendida no local, a jovem foi transferida, com senha, para Arcoverde, onde chegou por volta das 2h da manhã do domingo (20), já com 7 cm de dilatação.
Ainda conforme o relato da família, os médicos do hospital de Arcoverde insistiram em um parto normal, mesmo diante de sinais de que a gestante não apresentava passagem adequada e as contrações estavam espaçadas. O bebê nasceu em estado grave, desfalecido bem como com sinais de sofrimento fetal. Ele foi imediatamente levado à UTI, onde permaneceu por três dias até falecer na manhã da última quarta-feira (23).
Ainda de acordo com a denúncia, mãe e filho ficaram aguardando uma nova transferência para outro hospital, o que não ocorreu a tempo. A falta de agilidade teria agravado ainda mais o quadro clínico do recém-nascido.
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“Queremos que os culpados por essa tragédia sejam responsabilizados. Não é a primeira vez que isso acontece. Várias crianças estão morrendo durante o parto e ninguém faz nada. É uma dor insuportável para os pais e para toda a família”, lamentou, emocionada, uma prima da jovem.
Nós tentamos contato com o Hospital do Tricentenário, responsável pela gestão do Hospital Regional Ruy de Barros Correira. Não houve manifestação sobre o caso até o fechamento desta reportagem.
