
O município de Buíque, no Agreste de Pernambuco, foi alvo da operação Mapa da Mina, deflagrada nesta quinta-feira (12) pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Nesse sentido, a operação teve o objetivo de desarticular uma organização criminosa acusada de envolvimento em um esquema milionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Além disso, a ação também ocorreu nas cidades do Recife e de Maceió (AL). Onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
Segundo o MPPE, o grupo é formado por empresários do setor de mineração de insumos usados na fabricação de cimento. Com isso, é investigado por deixar de pagar mais de R$ 16 milhões em tributos estaduais. Além disso, os suspeitos são acusados de atuar de forma estruturada para fraudar credores durante processos de recuperação judicial. Utilizando manobras que visavam esconder bens, bem como dificultar a fiscalização.
Embora as investigações estejam em fase inicial, elas já apontam para indícios robustos de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, assim como fraude a credores. As apurações tiveram início após o compartilhamento de provas pela Procuradoria da Fazenda Nacional, que identificou movimentações suspeitas no setor.
Ainda mais, além das buscas, a Justiça determinou o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, como forma de garantir a recuperação dos valores desviados. A operação foi conduzida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). Que reúne o MPPE, a Secretaria da Fazenda, a Secretaria de Defesa Social e a Procuradoria-Geral do Estado.
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O procurador-geral de Justiça e presidente do Cira, José Paulo Cavalcanti Xavier, destacou que os crimes tributários afetam diretamente a população. “Esses recursos deveriam ser destinados à saúde, à segurança e à educação. Quando são desviados, toda a sociedade perde. Além disso, há um desequilíbrio no mercado, pois as empresas que sonegam passam a concorrer de forma desleal com aquelas que seguem a legislação”, afirmou.
Com a atuação firme das instituições envolvidas, a expectativa é que parte dos valores sonegados possa ser devolvida aos cofres públicos.