Administração Geral das Alfândegas da China suspende de todas as importações de aves e produtos aviários provenientes do Brasil, em anuncio na noite desta sexta-feira (30). A medida foi tomada após a confirmação de um foco de gripe aviária do tipo H5N1 em uma granja localizada no Rio Grande do Sul, identificada no último dia 16 de maio.
Embora o governo brasileiro tenha ativado imediatamente o Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária. O qual prevê isolamento da área afetada e o abate das aves remanescentes. O anúncio chinês indica uma postura rigorosa em relação à biossegurança. Conforme o comunicado oficial chinês, a proibição vale tanto para produtos in natura. Como também, para aqueles processados que ainda possam representar risco de contaminação.
A suspensão, que foi publicada em mandarim e traduzida posteriormente para o português. Especifica que qualquer tentativa de importação será tratada como infração grave. Produtos interceptados nas fronteiras deverão ser devolvidos ou destruídos. Além disso, todo resíduo de origem animal ou vegetal descarregado por navios e aeronaves vindos do Brasil deverá ser tratado sob supervisão rigorosa.
Ainda que apenas um foco tenha sido confirmado até o momento, o Ministério da Agricultura e Pecuária segue investigando outras oito suspeitas de infecção por gripe aviária em diferentes regiões do país. Entre elas, São Paulo e Distrito Federal. Apesar disso, não há evidências de novos surtos, e algumas suspeitas já foram descartadas.
A China foi o primeiro país a reagir à notificação brasileira feita às autoridades sanitárias internacionais. Mas outras nações, como Argentina e membros da União Europeia, também vêm adotando medidas preventivas. Mesmo assim, tanto o Ministério da Agricultura quanto o Itamaraty ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as sanções chinesas.
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A decisão da China pode ter impactos significativos no comércio exterior brasileiro. Visto que o país asiático figura entre os principais compradores da carne de frango brasileira. A suspensão acontece num momento delicado. Pois, embora o Brasil tenha agido de forma rápida e conforme os protocolos sanitários internacionais, as consequências comerciais ainda estão se desenrolando.
Caso novas confirmações surjam, o Brasil poderá enfrentar mais restrições internacionais. Com isso, levanta preocupações tanto para o setor produtivo quanto para os órgãos de fiscalização sanitária. Por isso, as autoridades brasileiras devem redobrar os esforços de contenção e transparência. Dessa forma, evita danos prolongados à imagem e à economia do setor avícola nacional.
