A crise no MDB de Pernambuco se intensificou nesta sexta-feira (4), após a divulgação de que o ex-governador Jarbas Vasconcelos teria declarado apoio ao senador Fernando Dueire para assumir a presidência estadual do partido. Por isso, o atual presidente do MDB, Raul Henry, reagiu imediatamente. Conforme Henry, Jarbas estaria impossibilitado de se manifestar politicamente, uma vez que seu estado de saúde não permite.
Além disso, Raul Henry divulgou uma nota oficial, classificando como “indignidade” o uso da imagem de Jarbas. Ainda que o ex-governador tenha sido uma referência para o partido, Henry afirmou que ele está incapacitado para avaliar fatos políticos. Nesse sentido, acusou os articuladores da movimentação de explorar injustamente sua trajetória. Desse modo, declarou que “Jarbas não merece isso!” e afirmou confiar no repúdio da opinião pública e das bases do MDB. Portanto, classificou a ação como “fraudulenta” e “indecente”.
Deputado estadual Jarbas Filho
Por outro lado, o deputado estadual Jarbas Filho rebateu as declarações. Segundo ele, foi seu pai quem manifestou apoio ao senador Fernando Dueire. Em contrapartida, atacou Raul Henry, dizendo que ele vem se aproveitando da imagem de Jarbas há anos. Aliás, afirmou que o atual presidente do MDB age com “ingratidão” e que sua “máscara caiu”. Ademais, acusou Henry de buscar vantagens pessoais ao trocar cargos no governo Raquel Lyra por espaços na Prefeitura do Recife. Com isso, reforçou que Raul não tem autorização para falar em nome do MDB visando as eleições de 2026.
✅ Receba as notícias do Portal Panorama no seu WhatsApp
Entretanto, a crise interna no partido não é recente. Embora Jarbas Vasconcelos esteja afastado da vida pública, sua figura ainda exerce forte influência. Por fim, o embate entre Raul Henry e Jarbas Filho evidencia uma ruptura profunda no MDB pernambucano. Dessa forma, a disputa promete impactar diretamente as articulações para as eleições municipais de 2026. Logo, a condução da legenda passa a ser disputada abertamente. Enquanto isso, a base do partido segue dividida. Assim, o futuro da sigla ainda é incerto.
