
No dia 7 de fevereiro de 2025, ocorreu um debate acalorado sobre impeachment da ex-presidente Dilma, entre a advogada Janaína Paschoal, coautora do processo, e o professor de Direito Constitucional e ex-deputado Maurício Rands. O tema central foi então o impacto do impeachment de 2016 no cenário político brasileiro. Além disso foi falado sobre a possibilidade de que o processo tenha contribuído para a ascensão do governo de Jair Bolsonaro. A discussão, que rapidamente viralizou nas redes sociais, foi marcada por momentos de tensão e trocas de farpas entre os participantes.
Logo no início do debate, Rands questionou Janaína Paschoal sobre um possível arrependimento em relação ao impeachment. Ele indagou se ela se arrependia de “ter ajudado a deflagrar esse período recente da história do Brasil, em que o Presidente da República, seus generais e seus ministros passaram quatro anos tentando um golpe de Estado contra as instituições democráticas do país”. A advogada então respondeu de forma contundente: “Inquisidor, sem orgulho, faria tudo de novo.”
Janaína Paschoal reagiu de maneira abrupta
A partir daí, o tom do debate se elevou. Janaína Paschoal reagiu de maneira abrupta às colocações de Rands, chegando a dizer: “Dobra a sua língua para falar comigo. Dobra.” O professor tentou continuar sua argumentação, mas foi repetidamente interrompido pela advogada, que rejeitou qualquer possibilidade de arrependimento em relação ao seu papel no impeachment de Dilma Rousseff.
Em determinado momento, Janaína classificou a abordagem de Rands como “vergonhosa” e afirmou que estava sendo tratada como “inquisidora”. Por outro lado, Rands manteve a postura calma durante o debate, reiterando que participava da discussão com respeito e que “sempre dialoga de forma educada”. Ele destacou, no entanto, que, naquela ocasião, sua postura não foi correspondida.
Apesar dos momentos de tensão, Janaína Paschoal manteve sua defesa sobre a participação no impeachment de Dilma. Ela reforçou a ideia de que a “esquerda é por princípio autoritária” e negou qualquer responsabilidade pela ascensão do governo Bolsonaro, argumentando que suas ações foram pautadas por princípios jurídicos e constitucionais.
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O debate, que durou cerca de uma hora, gerou ampla repercussão nas redes sociais, com opiniões divididas entre os espectadores. Enquanto alguns apoiaram a postura firme de Janaína Paschoal, outros criticaram a forma como o diálogo foi conduzido, destacando a importância de debates mais equilibrados e respeitosos para a discussão de temas sensíveis da política brasileira