Denúncias de desinformação e abuso de poder econômico nas eleições em Pesqueira

Desinformação e abuso de poder econômico
Desinformação e abuso de poder econômico – Foto : Reprodução

Desinformação e abuso de poder econômico foram os principais pontos denunciados pela coligação “Compromisso com o Futuro”, liderada pelo candidato Cacique Marcos, que ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) na 55ª Zona Eleitoral de Pesqueira. A denúncia aponta que essas práticas influenciaram as eleições municipais de 2024, e a investigação pode alterar o cenário político de Pesqueira, no Agreste, trazendo possíveis consequências para os envolvidos.

Polícia Militar de Pernambuco

Primeiramente, um drone da Polícia Militar de Pernambuco flagrou dois homens comprando votos no dia da eleição, em Pesqueira. Um dos suspeitos é assessor de comunicação do candidato Rossine. Além disso, as imagens mostraram a dupla distribuindo dinheiro e “santinhos” para um grupo de eleitores, o que gerou grande repercussão. Por isso, os suspeitos foram detidos em flagrante.


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Em seguida, a denúncia aponta a existência de uma rede de desinformação para influenciar os eleitores. Neste caso, um grupo organizado usou blogs, rádio, redes sociais e WhatsApp para espalhar notícias falsas e manipular informações, favorecendo os candidatos Delegado Rossine e José Maria Campos. Entre os meios citados estão a TV Pesqueira, Rádio Urubá FM e o blog Direita Pesqueira. Assim, a estratégia envolvia ataques aos adversários políticos e a publicação de conteúdos direcionados aos investigados.

Apesar disso, a Justiça Eleitoral já determinou a remoção de diversas publicações ilegais e aplicou multas, mas as infrações continuaram. Nesse sentido, a acusação argumenta que essa postura revela o uso do poder econômico para influenciar o resultado da eleição.

Além disso, a investigação revelou a utilização de carros de som para veicular jingles e mensagens eleitorais antes do pleito. Essa prática é ilegal, pois pode prejudicar a livre escolha dos eleitores. Portanto, a propaganda eleitoral irregular também faz parte das irregularidades denunciadas.

De forma semelhante, a contratação de influenciadores digitais e artistas para promover a campanha é outro ponto da denúncia. Conforme indicado, figuras populares como os cantores MC Japão e Douglas Pegador participaram de eventos políticos, o que pode configurar showmícios, uma prática proibida pela legislação eleitoral. Consequentemente, a AIJE alega que os valores envolvidos nessas contratações não foram devidamente prestados contas, reforçando a acusação de abuso de poder econômico.

A Justiça Eleitoral

Em razão disso, a Justiça Eleitoral analisará as provas apresentadas. Se confirmadas as irregularidades, pode haver a cassação dos registros de candidatura e a inelegibilidade dos envolvidos por até 8 anos, conforme estabelece a Lei Complementar nº 64/1990.

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Cristiane Oliveira
Cristiane Oliveira
Artigos: 239

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