
A exposição fotográfica “A Cidade Delas” propõe uma nova narrativa, mais sensível e plural de Arcoverde, Sertão do Moxotó. O projeto, que já ocupa as redes sociais, traz à tona a cidade sertaneja sob a perspectiva de quatro mulheres fotógrafas: Amannda Oliveira, Alba Chalegre, Izabel Calixto e Jessika Betânia. Elas caminham pelas ruas, registram feiras, muros, sombras e territórios simbólicos com um olhar atento aos afetos e vazios que permeiam o cotidiano urbano. Sobretudo daqueles que costumam ser invisibilizados.
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A mostra é 100% digital e pode ser acompanhada pelo Instagram @acidadedelas_, onde imagens e textos poéticos se entrelaçam. Além de descrições acessíveis para pessoas com deficiência visual. Enquanto provoca reflexões sobre pertencimento, abandono, memória e resistência, a exposição também convida o público a ver Arcoverde de uma forma mais íntima e humanizada.
Segundo Amannda Oliveira, idealizadora do projeto, “A Cidade Delas é um convite a ver Arcoverde pelos olhos de quem sente a cidade no corpo, nos passos e no silêncio”. Ela reforça que a mostra não apenas toca e denuncia, como também humaniza o que tantas vezes passa despercebido.
Embora cada fotógrafa traga seu estilo próprio, todas compartilham o desejo de transformar a arte em ferramenta de expressão e mudança. Amannda, por exemplo, além de fotógrafa, é historiadora, produtora cultural e blogueira, com diversas exposições realizadas com a mulher como tema central. Alba Chalegre, formada em Letras, mestra em Reiki Usui e artivista da literatura, recita poesias através das imagens. Izabel Calixto, por sua vez, revela sua paixão pela arte, pela natureza e pela cidade de Arcoverde em cada clique. Já Jessika Betânia, jornalista com trajetória em políticas públicas culturais, atua como arte-educadora e transita por diferentes linguagens artísticas, da música à fotografia.
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Ainda que virtual, a exposição reverbera nas ruas e nos afetos da cidade, pois é fruto de um trabalho coletivo e enraizado em vivências reais. Com curadoria compartilhada, o projeto é um exemplo de como a arte pode ocupar e ressignificar espaços — desde as redes até os becos esquecidos da cidade.