
Na tarde desta segunda-feira, 10 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou mudanças no primeiro escalão do governo e empossa Hoffmann e Padilha. Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, Alexandre Padilha assumiu o comando do Ministério da Saúde, enquanto Gleisi Hoffmann passou a liderar a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI).
Padilha retorna à Saúde
Deixando a SRI, Alexandre Padilha volta a ocupar o cargo de ministro da Saúde, posição que já exerceu entre 2011 e 2014, no governo de Dilma Rousseff. Médico infectologista, Padilha destacou sobretudo a importância de promover políticas públicas que garantam qualidade de vida para a população. “Esse ministério será então cada vez mais o ministério da saúde e não da doença. Ter saúde de qualidade é estar ao lado de todas as políticas que estimulam a nossa população”, afirmou durante o evento.
Além disso, o novo titular da Saúde também reforçou seu compromisso com a ampliação do atendimento especializado e a valorização dos profissionais da área. Além disso, destacou a importância de um esforço conjunto no combate à dengue, enfatizando que o enfrentamento à doença exige mobilização nacional.
Nos primeiros meses de 2025, o Brasil registrou então uma queda de 69,25% nos casos prováveis de dengue, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo Padilha, essa redução demonstra o impacto das ações do governo, mas exige continuidade nas políticas de enfrentamento. “O mosquito não é do prefeito, do governador, nem do presidente. Ele está dentro das casas das pessoas e em seus locais de trabalho. Somente seremos bem-sucedidos se trabalharmos juntos”, afirmou.
O novo ministro também ressaltou a necessidade de fortalecer a vacinação no país. Ele garantiu que combaterá a disseminação de informações falsas sobre vacinas e mobilizará a sociedade para ampliar a cobertura vacinal. “Vamos impulsionar um amplo movimento nacional pela vacinação e defesa da vida”, destacou.
Gleisi Hoffmann assume a Secretaria de Relações Institucionais
Além disso, com a ida de Padilha para o Ministério da Saúde, Gleisi Hoffmann assumiu a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. Ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ex-presidente do PT, ela reforçou que sua gestão na pasta terá como prioridade a articulação política para viabilizar as pautas do governo.
“Estarei aqui para ajudar o ministro Fernando Haddad na consolidação das pautas econômicas que estão colocando novamente o Brasil na rota do emprego, do crescimento e da renda. Estarei aqui então para apoiar os programas de governo coordenados pelo ministro Rui Costa. Juntos, e somente juntos, seremos capazes de reacender a esperança e atender às justas expectativas da população”, afirmou Hoffmann.
Despedida de Nísia Trindade
A cerimônia também foi marcada pelo discurso de despedida de Nísia Trindade, que deixou o Ministério da Saúde. Nísia ressaltou os desafios enfrentados, como a reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS) e a ampliação de programas essenciais.
Ela também lembrou da maior epidemia de dengue da história do país, enfrentada em 2024. Ela destacou sobretudo a parceria do governo com o Instituto Butantan para a produção da primeira vacina 100% nacional contra a doença. “Creio que seja esse o legado que deixo: reconstruir o SUS e a capacidade de gestão do Ministério da Saúde”, declarou.
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Novo momento no governo
Além disso, as mudanças no primeiro escalão do governo refletem um movimento de ajustes estratégicos na equipe ministerial. Com Alexandre Padilha à frente então da Saúde e Gleisi Hoffmann na articulação política, o governo busca fortalecer suas ações em áreas sensíveis.