
O presidente Lula (PT) reuniu ministros nesta sexta-feira (24) para discutir medidas governamentais que possam, por consequência, ajudar a reduzir o preço dos alimentos, adotando medidas para baixar preços.
Desde o ano passado, o governo federal vem demonstrando preocupação com o custo dos alimentos, já que, segundo pesquisas, isso impacta negativamente a avaliação presidencial. Medidas para baixar preços têm sido constantemente debatidas.
Em março de 2023, Lula realizou uma reunião semelhante para tratar do tema. Contudo, o problema persiste, sendo um dos maiores desafios para a comunicação governamental. Medidas para baixar preços continuam sendo uma prioridade para o governo.
Por outro lado, o recém-empossado ministro da Secom, Sidônio Palmeira, destacou a importância de melhorar o diálogo do governo com a população sobre essa questão.
Após o anúncio do ministro da Casa Civil sobre uma possível intervenção, ele esclareceu que isso não significaria, de forma alguma, alterar artificialmente os preços.
Assim, o governo retomou o debate sobre medidas que possam enfrentar a situação e, ao mesmo tempo, oferecer soluções eficazes para o problema.
Participarão do encontro desta sexta-feira os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Agricultura Familiar).
Inflação alta
A inflação de 2024 fechou com alta de 4,83%, superando o teto da meta, que era de 4,5%.
O preço dos alimentos e bebidas foi um dos principais responsáveis, com alta de 7,69% em 12 meses, contribuindo com 1,63 pontos percentuais no índice anual.
Na quinta-feira (23), os ministros Rui Costa, Carlos Fávaro, Paulo Teixeira e o secretário Guilherme Mello discutiram ações a serem apresentadas ao presidente Lula.
Desde o ano passado, o governo aponta que eventos climáticos extremos afetaram a produção de alimentos, elevando os preços significativamente.
Além disso, a alta do dólar nos últimos meses também tem um impacto direto na inflação. Isso ocorre porque o dólar afeta os valores de produtos essenciais no Brasil.
Quando a moeda norte-americana sobe, itens voltados para exportação, importados ou que dependem de insumos internacionais, como combustíveis, eletrônicos e alimentos, registram aumento de preços.
Cobrança em reunião ministerial
Na reunião ministerial de 20 de janeiro, na Granja do Torto, Lula destacou a urgência de reduzir os preços dos alimentos.
“Se trabalhamos união e reconstrução, agora precisamos focar em mais uma prioridade: comida barata na mesa do trabalhador, porque os alimentos estão caros”, afirmou.
O presidente ressaltou que é responsabilidade do governo garantir alimentos acessíveis para as famílias brasileiras, de acordo com seus salários.
O ministro da Secom, Sidônio Palmeira, que assumiu o cargo em 14 de janeiro, também tem se preocupado com a melhoria do diálogo entre governo e população.
“Alguns preços de alimentos estão mais altos devido a vários fatores. Para a população mais simples, a economia significa o supermercado e a feira livre”, disse Palmeira.
Ele acrescentou que o Ministério da Fazenda e outros setores do governo estão trabalhando intensamente para resolver essa questão.
Lula disse para famílias cuidarem do orçamento
O presidente foi reeleito para seu terceiro mandato com a promessa de devolver a “picanha” e a “cervejinha” à mesa das famílias mais pobres.
Essa frase refletiu o compromisso de reduzir os preços dos alimentos e aumentar o poder de compra da população.
Em março de 2024, ao comentar o aumento dos preços, Lula destacou que as pessoas devem ajudar a controlar seus próprios orçamentos familiares.
“Devemos ficar atentos aos preços. Quando há excesso de produção e menor consumo, os preços caem. Isso é algo sazonal”, explicou o presidente.
Além disso, Lula sugeriu que a população pesquisasse preços antes de comprar, evitando adquirir produtos onde estivessem caros.
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“Se você encontrar tomate caro em um lugar, procure saber se há outro onde o preço esteja mais baixo”, orientou Lula.
“Se o preço do alface estiver alto, ajude-se, evitando comprar o que está caro, não o governo”, acrescentou.
Lula enfatizou que o comportamento do povo pode contribuir para equilibrar o orçamento familiar em relação à alimentação.
Na mesma ocasião, o presidente afirmou que o governo reconhece a importância de alimentos mais baratos, mas isso também envolve a necessidade de aumentar os salários.
Em 2024, portanto, Lula se reuniu com setores da produção de alimentos, incluindo empresários de fruticultura, de proteína e da indústria alimentícia.