
Apesar de apresentar uma redução significativa no número de mortes violentas, Pernambuco ainda figura entre os estados mais perigosos do Brasil. De acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o estado ocupa a 4ª posição nacional em taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI). Com 34,76 óbitos por 100 mil habitantes no primeiro quadrimestre de 2025 — atrás apenas de Amapá (54,31), Bahia (39,36) e Alagoas (34,84).
Entre janeiro e abril deste ano, foram registrados 1.108 assassinatos em território pernambucano. Embora o número represente uma queda de 15,42% em relação ao mesmo período de 2024, quando ocorreram 1.311 mortes. Pernambuco ainda ocupa a 3ª colocação em números absolutos de crimes letais, ficando atrás somente da Bahia (1.951 mortes) e do Rio de Janeiro (1.207 mortes).
As estatísticas divulgadas englobam homicídios dolosos, latrocínios, feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e mortes em ações policiais. Ainda que haja esforços para conter a criminalidade, o tráfico de drogas e a atuação de facções criminosas continuam sendo os principais motores da violência no estado. Enquanto isso, as dificuldades em desarticular grupos organizados permanecem como obstáculos centrais para as forças de segurança pública.
Em outros estados, o cenário é igualmente preocupante. No Amapá, que lidera o ranking com a maior taxa do país, a guerra entre facções pelo controle do Porto de Santana, tem impulsionado a escalada da violência. Além disso, uma parcela expressiva dos óbitos decorre de ações policiais letais.
✅ Receba as notícias do Portal Panorama no seu WhatsApp
Na Bahia, a situação também é crítica: com uma taxa de 39,36 mortes por 100 mil habitantes. Quase 27% dos assassinatos registrados entre janeiro e abril (516 casos) foram causados por intervenções das forças de segurança.
Pernambuco também se destaca negativamente no número de feminicídios, ocupando a 4ª colocação nacional. Foram registrados 35 casos no primeiro quadrimestre de 2025 — número superior aos 27 contabilizados no mesmo período do ano anterior. Apenas São Paulo (61), Minas Gerais (44) e Bahia (37) registraram mais feminicídios no período.