
Edimar da Silva Brito, ex-pastor de uma igreja em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, foi condenado a 32 anos de prisão por matar uma pastora e uma fiel que decidiram trocar de igreja. O crime, que envolveu vingança pela saída das vítimas, foi julgado na terça-feira (11). Além disso, a sentença foi divulgada na quarta-feira (12), confirmando a condenação do ex-pastor por duplo homicídio. O julgamento gerou grande repercussão, considerando a motivação do crime e a gravidade das mortes.
As duas foram mortas a pedradas, e os corpos foram entrados em Vitória da Conquista.

O crime ocorreu em janeiro de 2016 e teria sido motivado por vingança. As vítimas, a pastora e professora Marcilene Oliveira Sampaio e sua prima Ana Cristina, decidiram deixar a igreja liderada por Edimar para fundar um novo templo, levando grande parte dos fiéis.
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Além de Edimar, outros dois suspeitos foram apontados como executores. Um deles, Adriano Silva dos Santos, foi condenado a 30 anos de prisão, mas acabou sendo absolvido em um recurso. O outro envolvido, Fábio de Jesus Santos, ainda será julgado.


De acordo com informações da TV Sudoeste, afiliada da Rede Bahia na região, Edimar deverá cumprir a pena em regime fechado, conforme determinado pela decisão. Entretanto, será descontado pouco mais de dois anos que ele passou preso durante o período de espera pelo julgamento, entre 2016 e 2018. Além disso, a defesa informou que pretende recorrer da sentença e solicitar a anulação do júri.
A professora Marcilene Oliveira Sampaio, seu marido, Carlos Eduardo de Souza, e a prima haviam acabado de sair da nova igreja e estavam a caminho do sítio onde moravam, quando o carro em que viajavam apresentou um defeito na estrada que liga Vitória da Conquista a Barra do Choça, na mesma região.
O sobrevivente relatou à polícia que desceu do veículo e abriu o capô para verificar o problema, quando foi abordado por três homens que chegaram em outro carro. De acordo com Carlos Eduardo, entre os suspeitos estava o ex-pastor Edimar.
Carlos conseguiu escapar, no entanto, Marcilene e a prima foram capturadas pelos criminosos. O grupo então as levou até uma área de matagal, onde cometeram o crime.
A polícia acredita que a intenção dos criminosos era matar toda a família no sítio onde moravam. A suspeita é de que Marcilene e seus parentes estavam sendo seguidos desde o momento em que saíram da igreja.