Câmara de Arcoverde celebra o Samba de Coco na 2ª edição das Sextas-feiras Culturais

 Projeto Sextas-feiras Culturais
Projeto Sextas-feiras Culturais – Foto: Reprodução

A Câmara de Vereadores de Arcoverde realizou, na última sexta-feira, a 2ª edição do Projeto Sextas-feiras Culturais, desta vez em homenagem ao Samba de Coco. Uma das mais autênticas e vibrantes expressões culturais do município. Sob a presidência do vereador Luciano Pacheco, o evento reafirmou o compromisso da Casa Legislativa com a valorização das raízes culturais da cidade com emoção, orgulho e grande participação popular. Além de reconhecer os mestres e os grupos que, há décadas, mantêm viva essa tradição centenária.

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Além de celebrar, o projeto teve como objetivo prestar homenagens a quem, ao longo dos anos, contribuiu — e ainda contribui — para a resistência e a projeção do coco arcoverdense. Em âmbito local, nacional ou internacional, levam as raízes culturais arcoverdenses. Dez grupos tradicionais foram homenageados: Coco Trupé de Arcoverde, Quebra Coco Aliança, Coco Raízes de Arcoverde, Coco das Irmãs Lopes, Coco Eremin, Coco Pisada Segura, Coco D’Malandro, En’Cantos do Coco, Coco Manacá, como também o Coco Fulô do Barro.

Embora cada grupo traga uma identidade própria, todos compartilham o mesmo compromisso de preservar e renovar a tradição. Tornando o samba de coco um verdadeiro símbolo de resistência e identidade cultural.

Entretanto, as homenagens não se limitaram aos grupos. Dois dos maiores nomes da cultura popular de Arcoverde, os mestres Damião e Assis Calixto, receberam o título de Cidadão Arcoverdense. Ambos chegaram à cidade em 1952, ainda crianças, vindo da comunidade de Rio da Barra, em Sertânia, e tornaram-se verdadeiros ícones do samba de coco. Enquanto Damião Calixto, aos 78 anos, é hoje Patrimônio Vivo de Arcoverde. Assis Calixto Montenegro, nascido em 1944, carrega o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. Ambos são figuras incontornáveis na história da cultura local, e seus legados continuam a ecoar por gerações.

Além disso, outros nomes fundamentais também foram lembrados. Iran Calixto, por exemplo, que deu continuidade ao legado do grupo Coco Raízes de Arcoverde após o falecimento do Mestre Lula Calixto, expandiu a visibilidade do grupo para fora do Brasil. Do mesmo modo, a professora, pesquisadora e arte-educadora Márcia Moura, considerada patrimônio da educação popular da cidade, teve sua trajetória reconhecida. Igualmente importante foi a menção a Maria Amélia Câmpelo, que, ao lado do Mestre Lula, protagonizou a retomada do samba de coco em Arcoverde. E, claro, não poderia faltar o tributo ao Mestre Biu Neguinho, criador da batida única que diferencia o coco arcoverdense dos demais do país.

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Embora promovido pela Câmara de Vereadores, contou com o apoio de instituições como a ComunicArte, o COCAR (Coletivo Cultural de Arcoverde) e o MAMA (Movimento Arcoverdense de Música Autoral). Essa parceria demonstra que, quando diferentes setores da sociedade se unem em torno da cultura, os resultados são não apenas memoráveis, mas também duradouros.

A solenidade contou com a presença de diversas autoridades, como os prefeitos Zeca Cavalcanti (Arcoverde) e Pollyana Abreu (Sertânia), além do vice Wevertton Siqueira (Arcoverde). Secretários municipais como Nerianny Cavalcanti (Turismo), Neila Lira (Assistência Social) e Pedro Brandão (Cultura) também prestigiaram o evento, assim como o vice-presidente da ACA, Márcio Britto. No âmbito legislativo, vereadores como Wellington Siqueira, Luiza Margarida, Claudelino, Paulinho Wanderley, João Marcos, João Taxista e Heriberto marcaram presença, reforçando a importância da cultura como política pública.

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Maria Clara Melo
Maria Clara Melo
Artigos: 350

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