Trump assume segundo mandato com medidas radicais e polêmicas

Trump adota medidas radicais
Trump adota medidas radicais – Foto: Jim Watson/AFP/Getty Images

Trump adota medidas radicais: Nesta segunda-feira (20), Trump assume segundo mandato com medidas radicais. Ele tomou posse como o 47º presidente dos Estados Unidos, marcando o início de seu segundo mandato na Casa Branca. Em uma cerimônia no ginásio Capital One Arena, em Washington, o republicano discursou para cerca de 20 mil apoiadores. Prometendo, dessa forma, uma administração voltada para a revisão de políticas de seu antecessor, Joe Biden, e a implementação de sua agenda conservadora.

Trump assume o comando do país com os republicanos controlando as duas câmaras do Congresso, o que deve facilitar a aprovação de suas iniciativas. Suas primeiras medidas, anunciadas no dia da posse, incluíram a retirada dos EUA do Acordo Climático de Paris e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim reforçando o tom de sua campanha, que criticava organizações internacionais.

Imigração no centro do discurso

Trump assume segundo mandato com medidas radicais ao declarar estado de emergência nacional na fronteira com o México, autorizando o envio de tropas militares para reforçar a segurança e intensificar deportações. Além disso, prometeu ampliar os recursos para a construção do muro na fronteira, uma de suas principais bandeiras políticas.

O republicano também sinalizou que buscará acabar com o direito à cidadania para crianças nascidas de pais imigrantes em situação irregular, um direito garantido pela Constituição americana. Essa medida, junto com outras ordens executivas relacionadas à imigração, deve enfrentar desafios na Justiça, com estados governados por democratas já indicando que irão contestar as ações.

Outro movimento polêmico foi o encerramento do programa CBP One, criado pelo governo Biden, que permitia a entrada legal de migrantes por meio de agendamentos em um aplicativo. Todos os compromissos existentes foram cancelados imediatamente.

Relação com o Brasil e América Latina

Em entrevista coletiva após a posse, Trump afirmou que espera manter uma “grande relação” com o Brasil, mas ressaltou que o país não é essencial para os EUA. “Eles precisam de nós. Nós não precisamos deles. Todos precisam de nós”, declarou, em tom provocativo.

Além disso, o presidente revogou a retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, ação que gerou críticas do líder cubano Miguel Díaz-Canel.

Perdão aos invasores do Capitólio

Cumprindo uma promessa de campanha, Trump assinou uma ordem concedendo perdão presidencial a cerca de 1.500 pessoas condenadas pela invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Ele se referiu aos invasores como “reféns” e disse que a medida era necessária para corrigir injustiças.

A decisão incluiu ainda a comutação de penas de seis condenados por crimes relacionados à invasão. A anistia foi amplamente criticada por opositores democratas e organizações de direitos civis.

Mudanças na economia e na energia

Trump anunciou uma série de medidas voltadas para a economia, incluindo tarifas de importação mais altas para produtos chineses, canadenses e mexicanos. Ele acredita que essas tarifas impulsionarão a economia americana, mas críticos alertam para o risco de aumentos de preços e possíveis retaliações.

Na área de energia, o republicano declarou “emergência energética” e, dessa forma, prometeu expandir a exploração de petróleo e gás natural, incluindo o uso da controversa técnica de fraturamento hidráulico. Ele também reverteu incentivos para veículos elétricos e retirou proteções ambientais no Alasca, que, nesse sentido, considera estratégico para a segurança nacional.

Saída de organizações internacionais

Além do Acordo Climático de Paris, Trump oficializou a retirada dos EUA da OMS, justificando a decisão com críticas à gestão da agência durante a pandemia de covid-19. “A OMS defraudou-nos”, afirmou ao assinar o decreto.

A saída dos EUA, principal doador da organização, deve impactar os esforços globais de saúde pública, incluindo, dessa forma, a resposta a surtos e epidemias.

Medidas ideológicas e administrativas

Entre as primeiras ordens executivas assinadas por Trump, destacam-se medidas de cunho ideológico, como a reversão de proteções para pessoas transgênero e o fim de programas governamentais de Diversidade, Equidade bem como Inclusão. O presidente declarou que seu governo reconhecerá apenas os gêneros masculino bem como feminino, uma decisão amplamente criticada por ativistas de direitos civis.

Na administração pública, Trump ordenou o retorno imediato ao trabalho presencial para servidores federais e congelou novas contratações, com exceção para os militares. Ele também nomeou Elon Musk para chefiar um novo Departamento de Eficiência Governamental.

Reações e desafios à vista

As ações do presidente já enfrentam forte oposição de grupos de direitos civis bem como estados governados por democratas. Organizações como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) se preparam para litígios contra várias ordens executivas, especialmente as relacionadas à imigração bem como direitos civis.

Enquanto isso, Trump reforça seu compromisso com uma agenda nacionalista e conservadora, prometendo, como disse em seu discurso, “colocar os americanos em primeiro lugar”.

Raphaelribeiro
Raphaelribeiro
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