
O Vaticano anunciou nesta quinta-feira (8) a escolha do novo papa: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos. A decisão foi revelada após a tradicional fumaça branca subir da Capela Sistina, indicando que os 133 cardeais reunidos em conclave haviam chegado a um consenso. Prevost é o primeiro papa dos Estados Unidos e sucede Francisco, a quem agradeceu logo em seu discurso inaugural.
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Apesar de sua nacionalidade, Prevost construiu grande parte de sua trajetória eclesiástica no Peru, onde atuou por anos. Tanto que, em sua primeira aparição como pontífice, falou em espanhol para agradecer à Diocese peruana. Essa foi a primeira vez na história que um papa usou outro idioma além do italiano em um discurso inaugural.
A escolha de Prevost reforça a linha de continuidade com o pontificado de Francisco. Pois o novo papa tem perfil progressista, é discreto e conciliador, além de ter sido promovido a cardeal em 2023 pelo próprio Francisco. Ainda que tenha assumido recentemente o título cardinalício, sua proximidade com o papa emérito e seu compromisso com uma Igreja mais próxima dos fiéis parecem ter pesado na decisão do conclave.
“Queremos ser uma Igreja sinodal, que avança, que busca sempre a paz, a caridade, sempre estar próxima, principalmente daqueles que sofrem”, declarou o novo pontífice, reforçando a perspectiva reformista que marcou o papado de seu antecessor.
No discurso proferido da sacada da Basílica de São Pedro, Prevost saudou os fiéis com palavras de esperança: “A paz esteja com todos vocês. Esta é a primeira saudação do Cristo ressuscitado. Eu também gostaria que essa saudação de paz entrasse no coração de vocês”. Além disso, concluiu com uma reverência simbólica ao seu antecessor: “Obrigado, papa Francisco”.
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Embora enfrente o desafio de liderar uma Igreja que lida com a perda gradual de fiéis, Prevost já deixa claro, desde o início, que pretende seguir com uma visão de proximidade e diálogo — tanto com os mais vulneráveis quanto com as raízes de seu próprio caminho espiritual.